Foi desde sempre o mar
E multidões passadas me empurravam
Como o barco esquecido
E o rosto de meus avós estava caído
Pelos mares do Oriente, com seus corais e pérolas,
E pelos mares do Norte, duros de gelo
Então, é comigo que falam,
Sou eu que devo ir.
Porque não há mais ninguém,
Não, não haverá mais ninguém
Tão decidido a amar e a obedecer aos seus mortos.
Cecília Meireles, Mar absoluto
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