Às vezes dói-me, sim. Dói-me do lado de dentro de mim, na água parada, escura, profunda, dos abismos mais insondáveis do meu peito. Nessas alturas brinco com a dor, escondo-a dos olhos dos outros para que ninguém ma descubra... Porque eu sei, nas suas voltas intermináveis, o mundo não é culpado... E a quem mais pode interessar isto que sinto, a não ser a ti? Por isso calo esta dor, lentamente e com ternura, como se adormecesse um filho no colo vazio... Não digo nada, embrulhada só no meu silêncio... Até que nada mais reste dessa lágrima, senão o sal que secou no teu vento.Que dias há que na alma me tem posto/ um não sei quê, que nasce não sei onde,/ vem não sei como, e dói não sei porquê. - Luiz Vaz de Camões
sexta-feira, 13 de maio de 2011
O sal do teu vento
Às vezes dói-me, sim. Dói-me do lado de dentro de mim, na água parada, escura, profunda, dos abismos mais insondáveis do meu peito. Nessas alturas brinco com a dor, escondo-a dos olhos dos outros para que ninguém ma descubra... Porque eu sei, nas suas voltas intermináveis, o mundo não é culpado... E a quem mais pode interessar isto que sinto, a não ser a ti? Por isso calo esta dor, lentamente e com ternura, como se adormecesse um filho no colo vazio... Não digo nada, embrulhada só no meu silêncio... Até que nada mais reste dessa lágrima, senão o sal que secou no teu vento.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Para além do beijo com que te aqueço!
Cris
Senti o beijo, Cris :)
Abraço-te.
Enviar um comentário