A casa respira o silêncio, escorre a quietude morna das horas tardias. Sinto o pulsar tranquilo da paz, da serenidade. A sós comigo, só esta espécie de magia e deixo fluir as emoções, dou voz ao coração, na madrugada meiga.
É muito tarde. O relógio olha-me trocista, desprezando o encantamento do momento, desdenhando o prazer de saber o sono fugidio.
Decidi não lhe ligar. Cristalizei os minutos na ampulheta quebrada das memórias. Este momento é meu. Nada me roubará o apaziguamento que me inunda e estranhamente, não me sinto só.
2 comentários:
Momentos de aquietação…sentidos únicos. Fôlegos de viva!
E nós respiramos fundo, respiramos fundo. . . Que paz!
De olhos fechados, M. Campos.
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