Contar-te longamente as perigosas
coisas do mar. Contar-te o amor ardente
e as ilhas que só há no verbo amar.
Contar-te longamente longamente.
Amor ardente. Amor ardente. E mar.
Contar-te longamente as misteriosas
maravilhas do verbo navegar.
E mar. Amar: as coisas perigosas.
Contar-te longamente que já foi
num tempo doce coisa amar. E mar.
Contar-te longamente como dói
desembarcar nas ilhas misteriosas.
Contar-te o mar ardente e o verbo amar.
E longamente as coisas perigosas.
Manuel Alegre
9 comentários:
Estou feliz com o teu regresso. É bom ter-te de volta.
Um beijo saudoso
Manuel Alegre escreveu perolas sublimes =)
Obrigado pela partilha =)
Beijinhos
Kleine
Que bom passar aqui e encontrar finalmente a janela aberta e carregada de flores...
Beijinho
É um poema sublime, obrigado por me teres dado a conhecer.E esta é uma das razões porque eu sigo este blog, porque tu publicas coisas que eu não conheço. Mas gosto, gosto muito.
Beijinho
Eu nunca parti, Alquimista. Estive sempre aqui.
Obrigada pelo teu carinho, volta sempre.
Um beijo
Eu concordo Keine, e de toda a obra poética do Manuel Alegre, este é o poema que eu gostava de ter escrito.
Um beijinho :)
OUPS, desculpa Kleine, errei o teu nome...Fica aqui a correcção.
Beijinho
Olá Henrique :)
As flores não são minhas, são do Manuel Alegre. Ainda bem que gostaste...
Beijinho
Eu também gosto muito Nicole, e há palavras que eu publico para não esquecer, para poder reler vezes sem conta...
Beijinho :)
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