terça-feira, 27 de maio de 2008

Cansaço


Hoje pesam-me as horas deste dia longo, ferem-me a pele os desencontros das palavras que não cheguei a proferir. Como sombras, as mágoas guardadas escapam-se agora e tombam-me as pálpebras, cerram-me os lábios... E calo-me.
Nesta espécie de silêncio abençoado, já não luto mais, dou tréguas à revolta que cede numa quieta rendição. No meu peito, o coração compreendeu por fim, e numa resignada desistência aninha-se, procurando a serenidade da noite redentora que o despirá da tormenta e do cansaço.
Deste infinito cansaço... que a clara luz do sol da manhã, apagará...

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