
Que dias há que na alma me tem posto/ um não sei quê, que nasce não sei onde,/ vem não sei como, e dói não sei porquê. - Luiz Vaz de Camões
domingo, 31 de outubro de 2010
Dos deuses e dos bichos

Lágrimas
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Agarrar o vento

terça-feira, 26 de outubro de 2010
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Palavras impossíveis

quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Eu, pecadora me confesso...

Palavras sublimes
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
No fundo da memória

terça-feira, 19 de outubro de 2010
Num abraço

quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Ó Stora...

- Ó stora, o que comprava se lhe saísse o euromilhões?
Calei-me. A turma olhava-me suspensa na curiosidade da resposta. Vinte e oito pares de olhos vigilantes trespassavam-me a mente, tentando adivinhar as preferências que lhes pareciam mais evidentes. Alguns, baixinho, faziam apostas. Percebi então que não poderia contar-lhes. Nunca conseguiria explicar-lhes que à saída de uma curva da pitoresca estrada de paralelos, ele se ergue imponente, majestoso na sua velha altivez de pedra, oferecendo aos passantes uma imagem de inesperada beleza. Altivo, abraçando o mar até ao horizonte... E solitário. Como um rochedo. Não conseguiria dizer-lhes da serenidade que o envolve, o corpo sólido sobre a escarpa, enterrado nas dunas brancas de areia muito fina e macia... ou das janelinhas de madeira escura que se abrem mais perto do céu. Lá dentro há uma escada tosca que conduz ao piso de cima onde junto às vidraças eu encostaria uma mesa larga com os meus livros espalhados em desalinho e onde me sentaria a escrever... Como contar-lhes? Como descrever o cheiro a maresia do vento salgado, o entardecer do sol que morre devagar avermelhando os céus a ocidente, e os gritos das gaivotas rasgando as águas do meu sonho? Não... Não saberiam que eu forraria as paredes com estantes carregadas de livros e haveria uma cadeira de baloiço, daquelas que já não existem, onde me sentaria a ler na urgência da solidão e do silêncio... Ficariam sem saber do meu moinho, do meu refúgio sonhado num sonho tão longínquo, do minúsculo pedaço de paraíso encostado ao mar, tão próximo das estrelas...
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Os dedos da noite

quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Se partires
