Falta a luz dos teus olhos na paisagem:
O oiro dos restolhos não fulgura.
Os caminhos tropeçam, à procura
Da recta claridade dos teus passos.
Os horizontes, baços,
Muram a tua transparência.
Sem transparência.
O mesmo rio que te reflectiu
Afoga, agora, o teu perfil perdido.
Por não te ver, a vida anoiteceu
À hora em que teria amanhecido...
Miguel Torga, Obra Poética
3 comentários:
Muitos, muitos amanheceres perfeitos para ti.
Lindo, o teu poema na forma e no conteúdo.
Beijo
Lídia Borges
Não conhecia este!
Uma escolha que revela o teu bom gosto!
Beijo
Olívia, finalmente encontraste-me! Benvinda ao meu cantinho e volta sempre que queiras.Bom fim de semana :)
Um beijo
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