sábado, 5 de abril de 2008

Calma


A calma não desce.
Tudo está em silêncio, a casa parece ser a única testemunha inerte de uma noite morna e nublada. Sonolentos, os magros candeeiros da rua deserta piscam uma luz triste e baça. Há apenas uma janela acesa, a do vizinho em frente. Não sei quem é, talvez um noctívago ou um insone inquieto, como eu. A meu lado, o borbulhar da água tónica gelada faz coro compassadamente com o ronronar do computador, numa espécie de embalo musical. A indolência parece ter envolvido a noite, nada rasga a quietude do momento. Tudo parece suave, harmoniosamente tranquilo. Quase tudo... Em mim, a única nota dissonante.
A calma não desce.

2 comentários:

Anónimo disse...

Onde é k eu já ouvi isto? heheheh
Beijoca grande

Anónimo disse...

Sinto-me tantas vezes assim...

Beijinho