terça-feira, 1 de abril de 2008

Borboletas


Às vezes não vemos o que está mesmo em frente dos nossos olhos... Por egoísmo, por pressa, por desatenção porque o nosso universo particular nos ata as mãos e nos venda os olhos, às vezes passamos ao lado das emoções e não reparamos. E hoje eu não te vi. Sei agora, que o dia acabou e tenho tempo para pensar com o coração, que algo em ti estava diferente. Agora me lembro que hoje havia uma sombra na luz do teu sorriso e que falaste pouco, muito pouco. Agora faz sentido o modo como arrastaste a conversa, as suspensões, a hesitação ao terminar as frases. Mas só agora, que me nasceu tempo na ponta dos dedos para te escrever, eu vejo a tua ausência em mim, eu penso a tua falta... Talvez por isso, sinto borboletas inquietas a roçagarem-me o coração, mariposas agitadas que me despertam um sentimento de culpa difícil de serenar.
Hoje precisaste de mim e eu não te vi.
Perdoa-me...

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