sexta-feira, 30 de novembro de 2007

O Amor é uma maçada...

Tou...sim? Ah, olá...! Então...tudo bem?Diz-me...Não! Jura...não posso crer!Enganaste-te com certeza...A Berta, dizes tu?A Berta casou-se? Mas tens a certeza? Mas como...!Logo a Berta, que sempre odiou casamentos, que jurava que nunca se casaria...será possível? Não, realmente já não a vejo há uns tempitos...pois, não te sei dizer quanto...nem isso interessa, pois não? A Berta era tão cómica! Lembras-te, ela queria ser astronauta...para ver o azul de longe, dizia ela e o pessoal ria e não a levava a sério...Ela sempre teve aquela mania de querer ser diferente...estou pasmada, juro-te. A Berta presa, armadilhada numa instituição burguesa e burocrática, castradora da liberdade dos sonhos e dos voos azuis... que novidade me estás a dar! E o Pedro, como está? Claro, imagino que esteja louco, de cabeça perdida, ele era doido por ela... e dizia, coitado, que esperaria pela Berta até ao fim dos dias...que ela acabaria por amá-lo, nem que fosse por habituação...e eu sempre te disse que ela um dia o destruiria...francamente, às vezes até pareço bruxa...Que coisa! No amor sai sempre um destruído, quando não são os dois. Claro que tens de me dar razão, eu estava mesmo a ver que o Pedro um dia ficava um farrapo por causa da Berta. Mas uma coisa destas...nunca imaginei. Eu cá para mim, acho que não devíamos apaixonar-nos nunca... o amor é uma maçada, enrola-nos o pensamento, distrai-nos do essencial... pois é, ainda por cima faz doer que se farta... às vezes é só lágrimas... olha, eu nunca me apaixonarei...casar talvez, mas amar, nunquinha! Os homens são todos iguais, dizem que só querem é divertir-se, passar bons momentos, e depois, quando a gente menos conta e espera, estão a querer casar...pois, e filhos e tudo...mas comigo não, eu cá não vou nessa...filhos é que não! Coitado do Pedro...e coitada da Berta... O amor é mesmo uma maçada...OK, vai lá então, desculpa, eu também tenho muita roupa para passar e o jantar para fazer. Hoje é quarta-feira e às quartas, tu sabes, é aquela confusão... não, está tudo óptimo... e contigo...? Ainda bem... olha, passa por cá no sábado, vamos juntas ao ginásio... pode ser, eu levo o carro e depois, se der, passamos no barzito. Agora desliga, se não a conta é um dinheirão... xau então, um beijinho...

1 comentário:

Anónimo disse...

Moral da história: nunca digas nunca.