Que dias há que na alma me tem posto/ um não sei quê, que nasce não sei onde,/ vem não sei como, e dói não sei porquê. - Luiz Vaz de Camões
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Silêncios
A chuva chegou por fim
pingando a ausência
do quente dos dias...
Encharcando a cidade,
tudo invade de lama,
arrastando
folhas mortas,
ramos partidos,
restos gelados
de sujidade.
Lentamente,
como se algo se quebrasse
cá dentro,
gotas de desalento
instalam-se em mim,
esta espécie de melancolia líquida,
de frio na alma,
que me embrulha a saudade,
me obriga a encolher-me no silêncio,
à espera do regresso adiado
do astro rei.
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1 comentário:
Chuva, vento, frio. Kispos, gabardines, camisolas grossas, guarda-chuvas partidos. Aaaahhhhh!!
Queremos o Verão, o calor, a praia, os gelados, os passeios, as t-shirts e as saudades da escola e dos colegas.
Mas enquanto esperamos, mais vale não nos lamentarmos muito e vivermos dia-a-dia como se fosse o mais quente e luminoso das nossas vidas!!
Bj
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