segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Nunca partias


Era de noite e nunca partias.
Deixavas o teu cheiro nos lençóis
o suor do teu corpo
sobre as minhas ancas mornas
e um cansaço feliz,
nessas noites em que ficavas.

Nunca mais partias.
Encostado à minha nudez,
até que o canto das aves
rasgasse a manhã,
o teu desejo ficava comigo,
a querer ser barco.

6 comentários:

Elvira Carvalho disse...

Um lindo poema.
Um abraço e uma boa semana

José Carlos Sant Anna disse...

Gostei das emanações deste poema e resolvi deixar este comentário. Desenvolto, escrita precisa, que põe expõe o "motivo" do poema e o dizer poeticamente.
Um abraço,

Mar Arável disse...

Chegavas chegavas
nunca mais acabavas de chegar
Bj

Anna disse...

Abraço, Elvira :)

Anna disse...

Obrigada, José carlos.
Um abraço

Anna disse...

Pois... também podia ser assim :)
Abraço, Eufrázio