quarta-feira, 15 de julho de 2009

Da Amizade


A sombra de que me falaste, senti-a antes de tu chegares, no momento em que atendi o telefone e ouvi a tua voz do outro lado. Tão igual a tua voz, e no entanto... tão diferente! Nem sequer foi um pressentimento, foi uma certeza incómoda, e mais tarde, encostada a ti, ela era palpável e pesada como uma pedra, sombreando de frio o teu olhar. Esta noite não te trago palavras, deixo-te só as minhas mãos entre as tuas e um abraço infinito onde podes por fim chorar as lágrimas que teimavam, que ameaçavam desabar em avalanche de inquietude. Esta noite fico em silêncio a teu lado, se mo permitires. Assim... neste abraço calado. Assim. Sem palavras.

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