quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Nas tuas mãos


Tento explicar: o desalinho da ternura nas tuas mãos bordando mistérios nas linhas do meu rosto. Nos fios do meu cabelo. O silêncio dos teus dedos infinitamente enrolando e desenrolando os caracóis que me tombam sobre os olhos para esconder o subtil esvoaçar do medo... Tento explicar: as tuas mãos redondas, como ninhos. O colo das tuas mãos, antiquíssimo resgate da minha solidão. Para sempre. 

4 comentários:

Manuel Veiga disse...

à flor do desalinho - as sábias mãos!

beijo

Anna disse...

Sublime sumário... :)
Um beijo, Herético.

Anónimo disse...

Acho q vc conseguiu uma proeza: definir saudade, Anna.

Anna disse...

... Será?...

Um abraço