terça-feira, 10 de agosto de 2010

Frágil...


Fui lá fora ver. A noite estava parada, suspensa, como se aguardasse talvez uma ordem divina. Imóveis, as árvores fitavam-me com os seus olhos de folhas quietas, sentinelas vigilantes do fluir do tempo. A inquietude que sinto não é de hoje... Cresce na madrugada quando o silêncio cai e as paredes da casa arrefecem lentamente despindo-se do calor deste Verão tão quente. E esta melancolia triste insinua-se, esta ideia que se encostou a mim como uma sombra, que me espreita por cima do ombro e torna os meus passos mais lentos e inseguros. De repente o medo, esse sentimento tão humano, tem uma voz que rasga o silêncio como o ribombar assustador de um trovão inesperado...
E se eu não consigo?...

2 comentários:

Lídia Borges disse...

Consegues! Eu sei.

Há um tempo para vacilar e outro para prosseguir. Detenhámo-nos no segundo.

Beijo

Anna disse...

Pois é, Lídia... Ando à procura da ponta solta que me livrará do emaralhado de incertezas... Ela existe, mas onde está...??

Um beijo