terça-feira, 29 de setembro de 2009

Mar de silêncio


Às vezes há palavras que não saem do meu peito. Ficam apenas ali, em vagas de inquietude, cegas na descoberta do caminho que lhes daria liberdade, perdidas nos corredores do meu sangue. Agitam-se como aves em debandada, num rumor aflito que me perturba... Debatem-se... Quero dizer-tas mas não consigo... Perdoa-me o silêncio, este silêncio denso entre nós, mas às vezes as minhas palavras fazem-me lembrar ondas salgadas, que por mais que se desfaçam na areia, continuam pertencendo sempre à imensidão do mar...

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