Tu não sabes, mas eu tenho coisas cá dentro que não sei contar-te. E sufocam-me. Estrangulam-me. Tu não sabes dos silêncios gelados no meu peito, que não consigo quebrar com palavras, porque nenhuma se solta na minha voz. E, sabes, às vezes também há no fundo de mim, algures correndo pelo meu sangue, um rio veloz e agitado que não desmaia em nenhuma foz... E eu afogo-me nesse rio intranquilo... muitas vezes. Tu não sabes, mas eu tenho sonhos... e sonho, por vezes, que tu consegues ler no avesso de mim, mesmo às escuras... mesmo no silêncio.
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