Aqui o mar é sono perpétuo,
câmara para o mais terrível segredo.
Entro nele de mãos trémulas, certo
das minhas cedências. Recordo o sabor
salino de outras perdas, casas tombadas
das quais sou solitária ruína.
Eu, que tanto tenho dado à insónia,
embebo-me agora nas águas de outro dialecto
– as palavras falham, e essa é a comunicação.
Vasco Gato, in Napule
3 comentários:
Belas palavras escritas por gestos
Quando as palavras falham
falamos por gestos
Bj
Ou calamos tudo, até as mãos.
Abraço, Eufrázio.
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