domingo, 14 de junho de 2009

Cala-te, Coração


Cala-te Coração... Esta noite não te dou voz.
Não quero ouvir-te, hoje não...
Tapei os ouvidos com as mãos,
Fechei-te no peito a sete chaves
e até o teu pulsar lamentoso
parece agora um eco distante.

Cala-te, Coração. Não adianta, não teimes mais...
Esta noite não é tua, nem minha...
Esta noite fala a Razão, a quem cedo o palco,
a quem concedi o papel principal
num solilóquio perfeito
que há muito sei de cor.

Cala-te, Coração. As deixas não são tuas,
hoje saíste do palco da minha vida
e os aplausos não são para ti...
Por isso... Deixa-me! Não quero ouvir-te agora,
Nem ver-te brilhar ao centro sob as luzes...
Portanto... Cala-te, Coração.

1 comentário:

Anónimo disse...

o coraçao tem razoes que a razao desconhece. devemos ouvi-lo sempre.
fica bem.