quinta-feira, 30 de abril de 2009

Palavras perfumadas


É a tua pele que eu visto logo pela manhã
quando acordo e saio de casa.
Levo no sangue o sorriso e a voz
e és tu o poema que ouso cantar baixinho
entre os passos distraídos.
É sempre assim tão simples:
Visto a tua pele, e em silêncio
o dia inteiro tem o bater do teu coração.

E quando por fim a noite chega,
eu dispo vagarosamente a tua pele
e abraçado a mim, na quieta madrugada,
fica o perfume do teu nome.

Beatriz Moraes in Um Rasto de Perfume

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