quarta-feira, 7 de março de 2018

E quando tu depois


E quando tu depois
chegaste, surpreso
e dobraste as esquinas do tempo
como quem chega sem contar
a uma rua cheia de sol
era ainda o vento áspero
das marés vivas.
Mas nós sabíamos

Era já tão tarde nos teus olhos
era tão tarde já dentro dos meus.

8 comentários:

Mar Arável disse...

Nunca é tarde para o ciclo das marés

Anna disse...

(...)

Abraço, Eufrázio.

Anónimo disse...

E quando Tu partiste,
sem aviso,
deixando-nos surpresos,
órfãos das tua palavras,
perdidos a vaguear pelas ruas da saudade,
à procura dum sinal,
uma brisa de mar,
um sopro de vento salgado…

É tão tarde e os nossos olhos
Continuam sem ver os teus…

Volta.

PS: O texto é muito foleiro mas a intenção é nobre. Um beijinho ;)

Anna disse...

Caríssimo,
O texto é lindo...
Se me permite, avaliem-se em 20 valores, a intenção e a atitude :)
Grata pelo seu carinho,

Beijinhos :)

Fá menor disse...

Gostei tanto da poesia daqui... (da Anna, mas também do Anónimo).

Beijinho.

Anónimo disse...

De quando em vez, passo à tua porta e bato. Nem o gato me responde...

Anna disse...

Obrigada, Fá menor :)

Anna disse...

Estes meus gatos são uns dissimulados, caro Anónimo. Todos os dias lhes pergunto e eles juram a pés juntos que não passa aqui ninguém (nem sequer de "quando em vez"), que esta estrada está deserta... Vou tomar medidas de imediato!

Beijinho :)