terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Faz de conta que agora


agora eu era linda outra vez
e tu existias e merecíamos
noite inteira um tão grande
amor

agora tu eras como o tempo
despido dos dias, por fim
vulnerável e nu, e eu
era por ti adentro eternamente

lentamente
como só lentamente
se deve morrer de amor

valter hugo mãe, in Contabilidade

4 comentários:

Anónimo disse...

Apanhei boleia nas palavras do valter hugo mãe e viajei para aqui:

https://www.youtube.com/watch?v=rkOv57-cW-o

O seu blog, muitas vezes, tem em mim mais ou menos o efeito desta canção. Faz-me viajar para um mundo de memórias e saudade...E que bom é ter memória e ter saudade...

Respeitosos beijinhos

Anna disse...

Tão belo...
Na altura, a viver um desgosto de amor terrível, eu cantava até à exaustão

"Mas você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?"

Ainda hoje sei a letra de cor.

Obrigada, Caríssimo.

Manuel Veiga disse...

os desgostos de amor são "totalitários"...

beijos

Anna disse...

... Ai são...??!!
:)

Beijo, Herético.