Que dias há que na alma me tem posto/
um não sei quê, que nasce não sei onde,/
vem não sei como, e dói não sei porquê. - Luiz Vaz de Camões
segunda-feira, 8 de abril de 2019
SEI
Sei ao chegar a casa qual de nós voltou primeiro do emprego Tu se o ar é fresco Eu se deixo de respirar subitamente. António Reis, in Novos Poemas Quotidianos
Vou brincar um bocadinho com coisas sérias: há sujeitos poéticos que chegam a casa primeiro e deixam de respirar subitamente não porque vêm que o seu amado ainda não chegou, mas porque ele a ameaça, persegue, insulta e lhe bate, e ela o teme... portanto, nesta poesia é tudo de bom. Temos de por um travão à violência doméstica.
4 comentários:
Muito bonito.
Abraço
E assim se constrói o quotidiano. Mas enquanto for assim, menos mal...
Vou brincar um bocadinho com coisas sérias: há sujeitos poéticos que chegam a casa primeiro e deixam de respirar subitamente não porque vêm que o seu amado ainda não chegou, mas porque ele a ameaça, persegue, insulta e lhe bate, e ela o teme... portanto, nesta poesia é tudo de bom.
Temos de por um travão à violência doméstica.
O melhor mesmo é chegar ao mesmo tempo...
Magnífico poema, obrigado pela partilha.
Anna, um bom fim de semana.
Beijo.
PS: Já há muito tempo que não visitava o seu blogue. Gostei de ter voltado.
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