Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.
ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.
As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...
não houve nada de novo
senão eu.
As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...
P'ra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe...
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe...
Sebastião da Gama, "Pequeno Poema"
3 comentários:
Um poema lindíssimo.
Gostei de ler.
Um abraço e uma boa semana
Boa memória
"...apaixonara-se desde edo por Luanda, por causa do seu mar salgado
chamava o o mar de 《mar salgado》
e olhva-o todos os dias com a mesma paixão..."
Ondjaki in "Os transparentes".
Boas férias Stora, respeitosos beijinhos ;)
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