segunda-feira, 16 de julho de 2018

Viva a vida...!


Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.

Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais... 
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.
As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...
P'ra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe...

Sebastião da Gama, "Pequeno Poema"

3 comentários:

Elvira Carvalho disse...

Um poema lindíssimo.
Gostei de ler.
Um abraço e uma boa semana

Mar Arável disse...

Boa memória

Anónimo disse...

"...apaixonara-se desde edo por Luanda, por causa do seu mar salgado
chamava o o mar de 《mar salgado》
e olhva-o todos os dias com a mesma paixão..."

Ondjaki in "Os transparentes".

Boas férias Stora, respeitosos beijinhos ;)