Acende os dedos, um por um
Concebe a tua mão assim luminosa
para que os tendões sejam tocados
e a nudez se mova lentamente
através das pálpebras.
Acende os dedos e os ombros
e respira a força interna de um nome
para que a água estale nos lábios.
Acende o lugar e a sombra
e mergulha o rosto no segredo do espelho.
Acende os dedos, um por um,
esses afinal os degraus que conduzem
à morada dos astros e das raízes.
Vasco Gato, "O Lume nos Dedos" in IMO
Concebe a tua mão assim luminosa
para que os tendões sejam tocados
e a nudez se mova lentamente
através das pálpebras.
Acende os dedos e os ombros
e respira a força interna de um nome
para que a água estale nos lábios.
Acende o lugar e a sombra
e mergulha o rosto no segredo do espelho.
Acende os dedos, um por um,
esses afinal os degraus que conduzem
à morada dos astros e das raízes.
Vasco Gato, "O Lume nos Dedos" in IMO
6 comentários:
Um poema muito bonito que não conhecia.
Um abraço
Com os dedos acesos sai poema assim
sem a luz de um fósforo
Com mãos acesas
os dedos são fósforos
que alumiam
Bj
Um abraço, Elvira.
Obrigada pela visita!
Um abraço, Eufrázio :)
Este foi o dia onde mergulhei na perda. Seis de março de dois mil e dezassete - morada dos astros e das raízes.
Enviar um comentário