quarta-feira, 16 de abril de 2014

As grades do Amor




De te ver fiquei repeso,
em vez de ganhar, perdi;
quis prender-te, fiquei preso,
e não sei se te prendi.
 
António Aleixo, "Não sei se te prendi", in Este Livro Que Vos Deixo
 

2 comentários:

Anónimo disse...

Cavaleiro Andante

Lá fora
o sol esconde-se discretamente.
Traz consigo a nostalgia das estrelas,
o romantismo do luar,
memórias dos passeios que fizemos enlaçados,
dos beijos que trocamos a olhar o mar...
Lembro o teu jeito distraído,
o sorriso tímido,
cativante,
os cabelos soltos e rebeldes,
o olhar que é só teu,
perturbante...
Lembro cada pormenor do teu corpo,
os momentos em que foste amiga e amante,
moinhos de vento que destruiram os sonhos do Cavaleiro Andante...
Eu que queria ser livre
amar aqui e ali,
senti-me fraco prisioneiro,
quando"divina" te vi.
Falaste-me numa experiência, quiseste-me como amigo,
e agora aminha vida é um caminho
que só poderei percorrer contigo...

Lisboa, 05/06/1989, 21 horas
CM

Carrissima Anna, perdoe-me a ousadia de partilhar esta "velharia" produzida por um jovem poveiro que longe da namorada, deu-lhe para isto...

Na verdade muitos dos seus relatos e dos seus textos remetem-me para a infãncia e para a juventude, identifico-me muito com a forma como "sente" as pessoas e as situações. Gosto de facto muito do que escreve e desta vez, ao ler o Aleixo, lembrei-me desta reliquia...

Sei que não escrevia grande coisa mas sentia como os maiores. O poema perdurou e o namoro também...

Obrigado pelos muitos sorrisos que através das suas palavras me planta no rosto...

Com profundo respeito e admiração,

Carissimo
;)

Anna disse...

Caríssimo,

É, realmente, uma relíquia...! Ainda bem que a guardou e que os moinhos de vento da vida não o separaram da sua Dulcineia :)
Obrigada, uma vez mais, pelo carinho das suas palavras :)
Desejo-lhe uma Páscoa Feliz e deixo-lhe um beijo.