terça-feira, 4 de junho de 2013

Meu Amor de carne e sangue


Quando nasceste, puseram-te em cima de mim e ficamos a olhar-nos só os dois, como se nos conhecêssemos desde sempre. Ainda hoje trocamos esse olhar profundo e sabemos um do outro, sem precisarmos de falar... É um elo de amor puro, inquebrável, indestrutível, pois que é feito de carne e de sangue, de voz e de silêncio.
Vejo-te crescer e sei que tenho que te deixar ir... Mas sabes, tenho medo que a vida te magoe e que eu não possa proteger-te... Por isso dás comigo a olhar-te, de longe, e é ainda o mesmo olhar em que nos perdemos da primeira vez: o olhar de um imenso amor.
Hoje fazes anos. Dezoito. Deixo de ser a tua encarregada de educação e já podes fazer tudo sem mim: votar, casar, conduzir, sair do país, até ser preso, como me disseste a brincar! Vás tu para onde quiseres ir, que sejas feliz e que encontres os meus olhos para se cruzarem com os teus, no dialeto de todos os entendimentos. Eles revolverão o mundo à tua procura, se algum dia te perderes.
Parabéns meu filho! Amo-te tudo... sabias?

4 comentários:

Anónimo disse...


Um dia partem, deixando-nos em lágrimas.
Resta-nos apenas afogar a memória na ligação de sangue.
Resta-nos apenas recordar a pureza e a ingenuidade da sua chegada.
Pergunto como existem pais e mães que conseguem deixar os filhos ao abandono, colados tantas vez com o caminho da morte.
Aos meus filhos, eu, tal como a Anna: "Amo-vos tudo".
Obrigada pelas suas palavras deve ser uma mãe exemplar, que daria a vida para salvar as suas crias.

Lídia Borges disse...


Huuum! Acho que não abrirás mão dele assim tão... tão... racionalmente! :)

Eles vão até ao fim do mundo, se preciso for, sem nunca partirem, de verdade.

Beijo meu. Aos dois!

Anna disse...

Não... não sou uma mãe exemplar... Tenho só um amor infinito e sim, trocaria a minha vida pela deles, se fosse preciso...

Anna disse...

Beijo nosso, Lídia :) Retribuidíssimo!!
:)