terça-feira, 23 de novembro de 2021

Noite Cerrada


É tarde. A cidade agasalhou-se por detrás das persianas corridas das casas.

Uma rua vazia, um homem que traz um cão pela trela. Caminha devagar, a mão direita escondida no bolso do casaco deformado. No silêncio da noite cerrada, ouvem-se apenas as unhas do cão arranhando o passeio - como um eco triste da solidão do dono.

E no escuro do céu, bondosamente, a lua sorri-lhes com a sua cara redonda pintada de branco.


2 comentários:

LuísM Castanheira disse...

Prova de vida:
Olá, Anna, bom dia!
Mesmo na solidão
repartida
entre o homem e o cão
a beleza impera
nesta comunhão.
Um ano passou e eu aqui estou.
Cuide-se
Um beijo

Anna disse...

Grata pela ternura, grata por saber de si.
Cuide-se também e volte sempre que queira.
Beijo. Retribuído.