E quando eu me lembrava de que no dia seguinte o mar se repetiria para mim, eu ficava séria de tanta ventura e aventura. Meu pai acreditava que não se devia tomar logo banho de água doce: o mar devia ficar na nossa pele por algumas horas. Era contra a minha vontade que eu tomava um chuveiro que me deixava límpida e sem o mar. A quem devo pedir que na minha vida se repita a felicidade? Como sentir com a frescura da inocência o sol vermelho se levantar? Nunca mais? Nunca mais. Nunca.
Clarice Lispector, Banhos de Mar
3 comentários:
Magnífico ! Aliás, como sempre em Clarice.
Deixo-te um beijo de agradecimento pela bela escolha. Aliás, como sempre em Paula Mateus...
Magnífico ! Aliás, como sempre em Clarice.
Deixo-te um beijo de agradecimento pela bela escolha. Aliás, como sempre em Paula Mateus...
Obrigada, Maria!
Beijo
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