No amor há um mar revolto.
Abrasadores, os sentidos irrompem
do vazio.
Um gato dorme sobre o piano.
Corre as cortinas à morte
do que sente:
um banco vazio no escurecer
da sua clausura.
Os vultos das gaivotas perdem-se
nas janelas
e o mar é o coração duma mulher.
Eduardo Bettencourt, "Corre as cortinas à morte do silêncio" in Um dia qualquer em Junho
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