terça-feira, 23 de novembro de 2021

Noite Cerrada


É tarde. A cidade agasalhou-se por detrás das persianas corridas das casas.

Uma rua vazia, um homem que traz um cão pela trela. Caminha devagar, a mão direita escondida no bolso do casaco deformado. No silêncio da noite cerrada, ouvem-se apenas as unhas do cão arranhando o passeio - como um eco triste da solidão do dono.

E no escuro do céu, bondosamente, a lua sorri-lhes com a sua cara redonda pintada de branco.


terça-feira, 9 de novembro de 2021

Eu, pecadora me confesso

 

Sorri envergonhada, desviei os meus olhos dos teus, ajeitei o cabelo nervosamente. O coração, um vulcão dentro do peito. 
Encarei-te por fim, e confessei:
- Sim. Ainda escrevo. Ainda te escrevo.