não estou certo de nada. gostava, contudo,
de acreditar que existes, para te esperar
sem angústia, talvez pôr a música mais baixo, ouvir
os vizinhos a conversar, preparar coisas para te
dizer, ler um livro, vestir-me. gostava de ter
por ti um amor convencional, sem ter de o
imaginar. com um jantar pelo meio, um passeio
no mais popular do parque, a ver cisnes e a
fugir dos cavalos. mas não estou certo de nada, e
mais fácil é fechar as portadas, escolher um cobertor
quente e fazer com que vente mais e mais lá fora
valter hugo mãe
2 comentários:
Sempre palavras que tocam...
Só as palavras que nos tocam valem a pena ser escritas...
Beijinho, Drinha :)
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