Com as mãos
construo
a saudade do teu corpo
onde havia
uma porta,
um jardim suspenso,
um rio,
um cavalo espantado à desfilada.
Com as mãos
descrevo o limiar,
os aromas subtis,
os largos estuários,
as crinas ardentes
fustigando-me o rosto,
a vertigem do apelo nocturno,
o susto.
Com as mãos procuro
(ainda) colher o tempo
de cada movimento
do teu corpo em seu voo.
E por fim destruo
todos os vestígios (com as mãos):
Brusca-
mente.
Eduíno de Jesus, Com as mãos
5 comentários:
As tuas escolhas são sempre perfeitas.
As mãos
Olho as minhas mãos
No regaço abandonadas
De pele gasta envelhecida.
Faço-as dançar
Dou-lhes vida
E olho-as tão cheias de nada
Lídia Borges
Beijo meu
Meu querido amigo
Um maravilhoso poema...belo momento de poesia.
Com as mãos procuro
(ainda) colher o tempo
de cada movimento
do teu corpo em seu voo.
Adorei.
Beijinhos
Sonhadora
As minhas mãos também têm estado cheias de nada... Obrigada pelas palavras e pelo carinho, Lídia.
Um beijinho
Para mim também é maravilhososo, sim, Sonhadora.
Obrigada pelas palavras:)
Beijinhos
E é óbvio que eu queria dizer "maravilhoso" :) Apenas isso.
Peço desculpa pela gralha...
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