Hoje não escrevo.
A chuva cai fria num abandono triste e um cansaço doído cresce dentro de mim, agiganta-se, trepa pelas paredes do meu corpo como uma serpente maligna... Ouço-o, sibilante... parecendo o portador de notícias más... Ondula, resvala num silêncio traiçoeiro... e brilham na madrugada os seus olhos frios e impiedosos que me derrubam as palavras, que me atiram para os oceanos do meu peito, fundo, tão fundo, que nem me restam forças para vir respirar, à tona de mim...
Talvez seja por isso. Talvez seja só por isso, que hoje não escrevo.
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