Quatro facas nos matam quatro facas
que no corpo me gravam o teu nome.
Quatro facas amor com que me matas
sem que eu mate esta sede e esta fome.
Este amor é de guerra. (De arma branca).
Amando ataco amando contra-atacas
este amor é de sangue e não estanca.
Quatro letras nos matam quatro facas.
Armado estou de amor. E desarmado.
Morro assaltando morro se me assaltas.
E em cada assalto sou assassinado.
Quatro letras amor com que me matas.
E as facas ferem mais quando me faltas.
Quatro letras nos matam quatro facas.
Manuel Alegre, As Facas
6 comentários:
Quem com "facas" mata, com "facas" morre...
Essa é a mais pura das verdades.
Obrigada pela visita:)
Infinitamente amplo, imenso e dual, como o amor é...
Tão bonito que é este poema de Manuel Alegre.
Obrigada, Paula!
Beijinho grande para ti.
Beijinho, Maria João :)
Saudades de ti!
Um belo soneto a lembrar Ary dos Santos, aqui e ali.
O amor impresso, frente e verso, para que não perca nada de seu.
Um beijinho
Lídia
Um beijinho, Lídia :)
E já que estamos quase lá, FELIZ NATAL!
Enviar um comentário