As Vozes de Fernando Pessoa silenciaram-se há 82 anos.
E conheço poucos versos tão belos como estes, da estrofe final da "Ode Marítima":
E quando o navio larga do cais
E se repara de repente que se abriu um espaço
Entre o cais e o navio,
Vem-me, não sei porquê, uma angústia recente,
Uma névoa de sentimentos de tristeza
Que brilha ao sol das minhas angústias relvadas
Como a primeira janela onde a madrugada bate,
E me envolve com uma recordação duma outra pessoa
Que fosse misteriosamente minha.
Fernando Pessoa, in "Ode Marítima"
8 comentários:
São também os meus preferidos e que lembro e digo com frequência. :)
E não me lembro de ter ouvido na rádio ou TV uma única mensão ao facto.
Assim se tratam os grandes génios portugueses.
Abraço e bom fim de semana
Tantos barcos tantos mares tantos Pessoas
incomensuráveis
Grata a todos pela passagem e pela partilha :)
Passando para lhe desejar um feliz ano novo. De 1 de Janeiro a 31 de Dezembro, que sejam 365 dias de saúde alegria paz e amor.
Abraço amigo
Missing in action???
Obrigada, Elvira! Retribuo todos os votos que me faz :)
Beijinhos
:)
Não, caro Anónimo :) Ainda por aqui...
Grata pela preocupação!
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