Porque eu trazia rios de frescura
E claros horizontes de pureza
Mas tudo se perdeu ante a secura
De combater em vão
E as arestas finas e vivas do meu reino
São o claro brilhar da solidão.
Mas tudo se perdeu ante a secura
De combater em vão
E as arestas finas e vivas do meu reino
São o claro brilhar da solidão.
Sophia de Mello Breyner Andresen, "Poema Perdido" in Obra Poética
6 comentários:
A solidão do poeta está sempre tão povoada de emoções que ele, muito dificilmente, se sente só.
Além disso, a solidão pode ser uma impressão enganadora. Não estás só!
Beijo
Por vezes sós
mas nunca isolados
Bjs
Abraço-te, Lídia.
Grata pela visita, Eufrázio :)
O poeta Drumond:“Não há falta na ausência, a ausência é um estar em mim.
E sinto-a branca, tão apegada, aconchegada no meu peito
que rio e canto e digo exclamações alegres.
Porque a ausência, esta ausência assimilada, niguém a rouba mais de mim”.
Eu, sinto-a cinza.
Amo Drummond... Melhor do que ninguém, ele soube pintar a ausência.
Enviar um comentário