Havíamos de falar desta luz quebrada, do cheiro doce e intenso das últimas glicínias, da maneira estranha que tenho de derrubar paredes no silêncio em que me escrevo. Havíamos de regressar ao fim do dia no minuto breve em que a tarde se inclina e derrama horas tranquilas. Eu ensinar-te-ia as cores que não vês e pousaria nas tuas mãos as sílabas do meu poema inacabado para que tu as ordenasses e para que pudesses prender os versos soltos no corpo das estrofes. Havíamos de ter tempo. Havia de haver outro tempo. Meu amor.
8 comentários:
Havia de haver outro tempo, não fosse a vida um permanente contratempo...
;)
O tempo que haveríamos de ter é aquele que se inventa no minuto breve em que a tarde se inclina e derrama horas tranquilas, nesse minuto-eternidade onde na suave melodia de um silêncio partilhado cabem afinal todas as palavras por dizer.
Abraço.
Eu acredito no tempo, Caríssimo. Ele encarrega-se de repor, sabiamente, a ordem das coisas. E a verdade.
Mas esse blogue ainda não tem nome, Gustavo?
Abraço retribuído :)
Anna,
Gosto muito do seu blog que me faz tão bem e quando comentei que a via caminhar em direcção a um fabuloso destino (fazendo alusão à Amélie) disse-o com total convicção. Acho que os comentários são uma forma de retribuirmos o tanto que nos dá e, nesse aspecto, fico triste por haver tão poucos mas imagino que muitos possam falar consigo pessoalmente.
Ainda não resgatei o meu blog do reino das intenções pelo que continuarei afincadamente a ser apenas um seu “membro” e um seu “comentador”.
Abraço,
Gustavo
Obrigada, Gustavo. Pelo carinho das suas palavras. Pela generosidade. Pela presença.
Um abraço :)
... do tempo (in)condicional que... não deixa perder tempo!
Beijinho
Joaquim do Carmo
... do tempo, implacável.
Beijinho, Joaquim :)
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