quarta-feira, 21 de maio de 2014

Incurável

 
O sonho é a pior das cocaínas, porque é a mais natural de todas. Assim se insinua nos hábitos com a facilidade que uma das outras não tem, se prova sem se querer, como um veneno dado. Não dói, não descora, não abate – mas a alma que dele usa fica incurável, porque não há maneira de se separar do seu veneno, que é ela mesma.

Bernardo Soares, in Livro do Desassossego


O único texto que faz sentido, hoje - com a alma a transbordar de sonhos...
Hoje ninguém me dirá que não são possíveis. Hoje ninguém se atreverá.

1 comentário:

Mar Arável disse...

Uma vez mais

acordei a fazer versos
ou quase nada

Bj