Escrevo. O cão rastejou aos poucos pela porta entreaberta e deitou de mansinho a cabeça quente nos meus pés. Os olhos de mel olham-me suplicantes... A chuva parou. No facebook os meus alunos comentam a foto que alguém tirou à socapa numa sala de aula. Não sabem que eu estou aqui. Ouço Natalie Cole, até à exaustão. Escrevo. O texto solta-se devagar, resvala, escorrega, imparável, quer ser rio de prosa nos meus dedos... Fecho a janela do facebook, deixo ficar o cão. Roubo ao coração aquilo que sinto... Hoje vou conseguir escrever. Sem margens. Sem parar.
5 comentários:
hoje preciso escrever muito. sei que o facebook não vai me ajudar, vou tentar sua Natalie.
Mais um bom naco de prosa que parece um poema ao luar!
Obrigada, Jorge!
:)
De veludo, as palavras!
Como só tu as sabes vestir
Gigante, a lua a enfeitiçar o espaço secreto onde a escrita nasce.
Um beijo
Obrigada, Olívia :)
Um beijo
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