sexta-feira, 5 de julho de 2013

Da espera


Quero de ti o que for simples
um aceno um postal
o teu nome numa concha

Ter apenas isto:
um banco de jardim
onde te esperar
e esperar.

Vasco Gato

9 comentários:

Anónimo disse...

Repara nos velhos.
Dementes, doridos, restos de casas.
Vivem agora a lepra
de todos nós.
Não lhes chegamos.
Tresandam.
Esquecem.
Apoderam-se do nada.
E nós, capitosos,
brindamos com o vinho
que também eles
sorveram,
desdenhando a morte
que, amarga como
a nossa indiferença,
haveremos
de provar.
Vasco Gato, e sua natureza quasemorta, que insiste embelezar,

Nilson Barcelli disse...

Um poema simples, mas que diz tudo.
Magnífica escolha poética e foto, como sempre.
Anna, minha querida amiga, desejo-te um bom domingo.
Beijo.

Anna disse...

Muito obrigada, Nilson :)

Desejo-lhe uma boa semana e deixo um abraço :)

Mar Arável disse...


... e já é tanto...

Anna disse...

É tanto, sim...

Um abraço, Eufrázio :)

alfacinha disse...

Poema honesto e foto peculiar

Anna disse...

Obrigada pela visita, alfacinha :)

Anónimo disse...

Na espera nasce o sonho!
Eduardo L.

Anna disse...

Talvez, Eduardo... Mas também há esperas inúteis, que matam lentamente todos os sonhos.

Deixo-lhe um abraço :)