Tocam-me de mansinho os dedos quentes de julho, reacendendo fogueiras de memórias que nunca deixaram de arder. Que nunca deixaram de ser sangue em mim. Saem do escuro da noite e entram-me silenciosas no peito enquanto encosto a mão aberta ao tronco morno e rugoso da velha árvore que este ano não floriu... São memórias sem nome, sem rasto, sem rosto, que se debatem pela vida como a mariposa de asas de pó que se vai desfazendo aflita na enorme teia de aranha - seu jazigo brilhante, imponente ao luar, parecendo feito só de água.
1 comentário:
de mariposas, aranhas, até baratas toco meus dedos para tentar fazê-los quentes.
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