não me fales mais
dessa solidão de papel
eu ainda tenho a sede das oliveiras
a paciente sede
dos rios que nunca chegam
dos rios avistados
que não se podem tocar
eu ainda tenho a dor da terra queimada
a fortíssima dor
das chuvas que não voltam
das raízes que morrem
sem poder gritar
o teu nada
é só mais um perfume!
e eu
eu tenho sangue na voz
tenho no peito o grito do lobo
a imensa tristeza de uma lua
que o céu não quis
gil t. sousa
dessa solidão de papel
eu ainda tenho a sede das oliveiras
a paciente sede
dos rios que nunca chegam
dos rios avistados
que não se podem tocar
eu ainda tenho a dor da terra queimada
a fortíssima dor
das chuvas que não voltam
das raízes que morrem
sem poder gritar
o teu nada
é só mais um perfume!
e eu
eu tenho sangue na voz
tenho no peito o grito do lobo
a imensa tristeza de uma lua
que o céu não quis
gil t. sousa
4 comentários:
Nascemos com um grito
de liberdade
Tantas vezes abafado, Eufrázio...
Um beijo, bom fds :)
Gosto disto!
O que é um grito de papel se temos ao longe uma seara sem pão?
Um beijo
Um grito é sempre um grito... É sempre uma voz que tantas vezes, só nós ouvimos...
Um beijo, Lídia.
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