domingo, 29 de julho de 2012

O fogo do teu sol



Que os teus dedos não fiquem
sem rumo
à superfície da sede
Que a tua boca não seque no sal
de um mar inútil
de memórias
Pedras e lágrimas

Procura-me
na terra mais fértil
ou na aridez do caminho

Lê-me
no silêncio dos dias sem idade
sem destino

Sou eu o fogo do teu sol

Edgardo  Xavier, "Decifra-me" in Corpo de Abrigo


1 comentário:

Hanaé Pais disse...

Sim és o meu fogo, és o meu sal e o meu destino.
E na tua pele serena encontrei o meu caminho.