Ele agarrou-lhe na mão, e ela agarrou-lhe na mão, e ficaram de mãos agarradas, primeiro a olharem para as mãos, depois levantando lentamente os olhos, que por fim se encontraram, perdendo-se uns nos outros, sem já saber quem via ou era visto, os olhos ao mesmo tempo a verem e a serem vistos, nus, sem qualquer pudor, como se tudo fosse possível uma vez mais, uma última vez, sem esquecer que o que lhes estava a acontecer é impossível, quanto mais esquecer.
Pedro Paixão, Muito, Meu Amor
7 comentários:
Ao acordar...um excerto para meditar...
Gostei.
Agradeço tuas palavras e tua amizade. Estarão sempre comigo.
BS
"Para que serve o Amor? Para perder o medo."
Ora eu sempre ouvi dizer que quem tem medo compra um cão.
Bem, só posso concluir tratar-se dum "Amor cão"...
;)
Hoje não oiço
só canto José Afonso
mais alto que o pensamento
"Muito, meu amor".
Quero ler...
Agarro-te nas mãos, e de mãos agarradas, a olhar uma na outra,digo:
-Como é bom ter uma amiga! :)
Obrigada pela ternura, BlueShell.
Beijo
O Zeca é imortal, como o são todos os homens de alma nobre.
Beijo, Mar Arável
Vais gostar, Maria.
Abraço-te, minha amiga.
Enviar um comentário