Algo nela a tornava diferente de todas as outras mulheres... Nem sequer era excepcionalmente bonita, pelo contrário, era de uma beleza vulgar, latina, visível no corpo torneado de formas femininas pronunciadas, no cabelo e nos olhos monotonamente castanhos, na boca pequena e de lábios finos. E no entanto, era uma mulher extremamente bela... Talvez fosse o sorriso, que lhe iluminava o rosto todo e lhe enchia os olhos de brilho e magia... Ou talvez as mãos, que dançavam em gestos lentos, desatados por uma música interior que só ela ouvia... Vinha daí, com toda a certeza, a invulgaridade daquela mulher. Sem o saber, na calma dos seus dedos, ao mais pequeno gesto, o mundo parava por instantes e ficava quieto a contemplar a doçura com que ela, sem o saber, prendia o vento.
4 comentários:
É uma beleza inebriante a desta mulher, guardadora de ventos.
Obrigada por seres quem és.
Um beijo
Um beijo, Lídia. Saudades.
Ana
Eis uma MULHER verdadeiramente bela!
"Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós."
(Antoine de Saint-Exupéry)
Beijinho com amizade
Quicas
Obrigada pelas palavras, Quicas :)
Beijinho
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