É tarde. A cidade agasalhou-se por detrás das persianas corridas das casas.
Uma rua vazia, um homem que traz um cão pela trela. Caminha devagar, a mão direita escondida no bolso do casaco deformado. No silêncio da noite cerrada, ouvem-se apenas as unhas do cão arranhando o passeio - como um eco triste da solidão do dono.
E no escuro do céu, bondosamente, a lua sorri-lhes com a sua cara redonda pintada de branco.
2 comentários:
Prova de vida:
Olá, Anna, bom dia!
Mesmo na solidão
repartida
entre o homem e o cão
a beleza impera
nesta comunhão.
Um ano passou e eu aqui estou.
Cuide-se
Um beijo
Grata pela ternura, grata por saber de si.
Cuide-se também e volte sempre que queira.
Beijo. Retribuído.
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