entre a saliva e os sonhos há sempre
uma ferida de que não conseguimos
regressar
e uma noite a vida
começa a doer muito
e os espelhos donde as almas partiram
agarram-nos pelos ombros e murmuram
como são terríveis os olhos do amor
quando acordam vazios
Alice Vieira, "6"
in Amor e outros crimes em vias de perdão
6 comentários:
São como poços, sem fundo.
Um poema que não conhecia.
Muito intenso.
Um abraço
Sim, Eros. São abismos.
Grata pela visita,
Beijo.
Abraço retribuído, Elvira :)
E um beijo.
Para espanto dos pássaros
Para espanto dos abismos.
Abraço, Eufrázio
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