sexta-feira, 27 de junho de 2014

Palavras por dizer

 
Se não há nada para dizer
Onde se acumulam as palavras
Que não foram ditas?

Casimiro de Brito, in Labyrinthus

6 comentários:

AC disse...

Anna,
Quando passo por aqui, sejam quais forem as palavras escolhidas, sinto que a poesia encontrou ancoradouro para a sua verdadeira essência. E sinto-me bem.

Beijo :)

Manuel Veiga disse...

por vezes no peito, alimentando o silêncio...

beijo

Anna disse...

Obrigada, AC :)

Volte sempre que queira!

Um beijo

Anna disse...

E é exatamente aí que elas dão um nó...

Um beijo, Herético.

Anónimo disse...

As palavras são um espaço privilegiado, que apenas devem ser concedidas aos outros se forem palavras verdadeiras.
Imagine as palavras como água fresca a cair de uma fonte para dar de beber à sede.
Têm que ser puras, verdadeiras e cristalinas, como uma essência muito íntima.
Se forem palavras impuras, não são humanizadoras e dessas devemos
prescindir.

"as palavras que não foram ditas"

Como seriam essas palavras?
Seriam de água fresca?

E como o seu tema hoje são as palavras, não se esqueça:

“O que dizemos nem sempre é parecido com o que somos.”
Jorge Luis Borges

Gosto de Si Anna, sem ter palavras para explicar o "porquê"!







Anna disse...

Caro Anónimo,
Subscrevo as palavras do Borges e agradeço as suas, tão gentis! :)